Contratar um seguro de carro é quase um item essencial para rodar nas grandes cidades. Porém, devido ao preço ou falta de aceitação, muitos motoristas procuram alternativas, como proteção veicular. Entenda o que é proteção veicular.
O que é uma Associação?
A associação de proteção veicular é um grupo que tem a finalidade de proteger o veículo contra roubos, furtos ou danos.
Geralmente as entidades que comercializam este serviço são chamadas de cooperativas de proteção veicular, cooperativas de seguros ou associações de seguros.
A contratação de uma associação de proteção veicular envolve menos burocracia do que a de um seguro. Mas é preciso que a associação seja ética e transparente para com os associados.
Existem algumas diferenças entre as modalidades, que vão desde a forma como o serviço é contratado até as condições de garantia, direitos e deveres. Elas podem ser determinantes, dependendo do uso que faz do seu veículo e do que espera com a escolha.
A primeira diferença entre eles está na forma de contratação e de fornecimento. O seguro auto é ofertado por empresas seguradoras, as quais têm interesses econômicos privados. Já a proteção veicular funciona por meio de associações cooperativas sem fins lucrativos. Dessa forma, reúnem pessoas para dividir os custos e as despesas com a proteção dos veículos.
Normalmente, a proteção veicular é mais barata do que os seguros automotivos. Contudo, é preciso considerar as diferenças nas garantias, nos direitos e deveres para fazer a opção.
Adesão
Para aderir ao seguro automotivo, primeiramente, é necessário que o veículo passe por uma inspeção e seja avaliado por um profissional da seguradora. A partir disso, o pedido do cliente será certificado para que seja feita a definição do valor a ser pago, que é integral, mas pode ser parcelado.
Assim como nos seguros, na proteção veicular, o carro também é inspecionado e avaliado. O interessado deverá pagar uma taxa e assinar o termo de adesão. Esse documento oficializa a associação, fazendo com que a proteção passe a vigorar. O pagamento é cobrado na forma de mensalidades atribuídas aos associados, que podem variar, a depender do acúmulo de prejuízo.
Apólice
Ao contratar um seguro auto, o cliente tem acesso à apólice. É nela que estão descritos os deveres e as responsabilidades da seguradora e do cliente. Nesse caso, os riscos são de responsabilidade da seguradora e os eventuais custos são transferidos para ela.
No caso da proteção veicular, no entanto, não há apólice. A garantia de proteção é dada pelo contrato assinado pelos associados, no qual se comprometem a responsabilizar-se mutuamente sobre os veículos.
Regulamentação
As seguradoras são regulamentadas e estão sujeitas às normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Isso é o que protege os clientes e fornece garantias legais.
A proteção veicular não conta com uma regulamentação forte. Uma vez que esse serviço é fornecido por associações, as únicas instituições que regem e definem a legalidade das operações são o Código Civil Brasileiro e a Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB), o que pode tornar a resolução de problemas mais burocrática.
Cobertura
Em geral, a cobertura oferecida pelos seguros automotivos é a mesma: garantia contra roubos, furtos, incêndios, colisões e danos a terceiros. Contudo, normalmente, são oferecidos outros tipos de cobertura com custos adicionais, que podem ser muito úteis, como assistência 24 horas e outros serviços.
A cobertura oferecida pelas associações de proteção veicular é praticamente a mesma. A diferença é que, nesse caso, dificilmente encontram-se coberturas adicionais, que podem fazer falta, dependendo de como usa o seu veículo.
As Associações de Proteção Veicular não podem oferecer “Seguros”, pois não são
reguladas pela SUSEP, mas apesar disso, podem oferecer a possibilidade de proteger seu
veículo por valores menores, com mais agilidade e menos burocracia.
A Proteção Veicular é um serviço legal, baseado na Constituição Federal e no Código Civil. Mas, para garantir que você está se Associando a uma entidade séria é necessário tomar uma série de cuidados, como por exemplo, verificar a estrutura física das instalações da Associação e se a documentação está toda em dia e devidamente registrada em cartório.
Além disso, fique atento à internet e às redes sociais. Pesquise o nome da Associação em sites de reclamações e veja se ela responde às reclamações que lá se encontram. Uma associação que não responde às reclamações não pode ser uma entidade muito séria.